Márcio Macêdo, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, vive um momento de grande pressão em seu cargo. Após ser publicamente repreendido pelo presidente Lula durante o ato do Dia do Trabalhador em São Paulo, sua permanência à frente de uma das pastas mais estratégicas do Palácio do Planalto parece cada vez mais incerta. As críticas à sua atuação são crescentes, especialmente entre aliados petistas, que veem sua postura como apática diante das demandas dos movimentos sociais, um dos pilares de sustentação histórica do PT.
As reclamações sobre a condução de Macêdo à frente da Secretaria não são de hoje. Além das críticas de Lula, que já o havia cobrado por uma atuação mais enérgica durante o Natal dos Catadores em 2022, há uma crescente insatisfação interna no partido quanto à sua incapacidade de mobilizar as bases populares para eventos estratégicos. A falta de articulação para garantir uma presença significativa de apoiadores no ato de 1º de maio foi vista como o ápice dessa insatisfação. Setores do PT consideram que Macêdo não tem correspondido às expectativas em um momento crucial para o governo.
Apesar de sua proximidade e histórico de confiança com Lula, tendo coordenado as finanças da campanha de 2022 e participado ativamente das caravanas pelo país, Márcio Macêdo enfrenta agora um cenário de desgaste. Para muitos dentro do PT, sua postura passiva e sua falta de conexão com os movimentos sociais podem estar pavimentando o caminho para sua substituição. A desorganização e a falta de resultados concretos colocam o ministro numa situação delicada, e a dúvida que paira é quando ele cairá, e não se ele cairá.
Esse desgaste na relação com Lula e com as bases petistas é agravado pelo mau desempenho do partido nas eleições municipais de 2024, o que tende a enfraquecer ainda mais a posição de Márcio Macêdo dentro do PT. A condução apagada de sua pasta e as dificuldades enfrentadas pelo partido nas urnas são vistas como sinais de que sua trajetória política pode estar comprometida, sobretudo se ele almejava uma possível candidatura ao Senado em 2026.
Com o desgaste crescente e os resultados negativos que o PT enfrenta nas eleições municipais, a situação de Macêdo parece cada vez mais delicada. As críticas à sua atuação, somadas à perda de força dentro do próprio partido, podem enfraquecer significativamente suas chances de disputar uma vaga no Senado em 2026. Para muitos, o caminho para essa possível candidatura parece cada vez mais distante, já que a confiança de Lula e da cúpula petista em sua liderança está sendo corroída pela falta de resultados.
No momento, Márcio Macêdo tenta resistir às pressões, mas sua situação está longe de ser confortável. Para muitos, ele já teria esgotado seu “crédito elevado” com Lula e com a base do PT, restando apenas a questão de quanto tempo ele poderá se manter no cargo antes de uma eventual substituição.