Edivaldo deixa um legado de dívidas e serviços essenciais à beira do colapso

As mudanças de gestão em diversos municípios sergipanos têm revelado situações preocupantes. Em Itabaianinha, por exemplo, o atual prefeito assumiu a administração encontrando a sede da prefeitura destruída e sem um gabinete funcional. Entretanto, Aracaju é o cenário mais alarmante: a desestruturação dos serviços essenciais, como saúde e coleta de lixo, tem impactado diretamente a população. Essas falhas na gestão pública já vinham sendo alertadas há meses pelo portal Visão Política, que tem se destacado como uma das poucas vozes denunciando essas irregularidades da gestão Edivaldo, agora confirmadas.

A gestão do ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, deixou um legado preocupante para a saúde pública da capital sergipana. Durante sua administração, hospitais filantrópicos como o Cirurgia e o Santa Isabel perderam contratos de gestão, e o mesmo quase aconteceu com o Hospital São José, que se reergueu após o abandono da antiga gestão.

A crise se agravou com a transferência de recursos destinados a serviços essenciais para custear o funcionamento da Maternidade Lourdes Nogueira, localizada no bairro 17 de Março e gerida pela empresa privada Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável também pela administração do Hospital Nestor Piva. O alto valor do contrato nunca foi devidamente justificado.

Como resultado, a gestão anterior deixou a prefeitura com uma dívida de aproximadamente R$15 milhões com a empresa INTS, além de um sistema de saúde debilitado, enfrentando escassez de médicos, medicamentos, exames de rotina e serviços de diagnóstico, prejudicando diretamente a população.

No final de sua gestão, Edvaldo Nogueira firmou um contrato sem licitação no valor de R$21 milhões com o Hospital Renascença, atualmente em recuperação judicial. A dispensa de licitação, prevista apenas para situações extraordinárias, levantou questionamentos sobre a transparência e a seriedade do processo.

Para agravar ainda mais a situação, nas vésperas da virada de ano, a coleta de lixo foi suspensa. A gestão da prefeita Emília Corrêa identificou uma dívida milionária de R$63 milhões do município com a empresa Torre, responsável pela coleta de lixo. “Não temos esse valor em caixa”, afirmou a prefeita de Aracaju,  ressaltando  que a diretoria da empresa tem sido compreensiva, aceitando realizar a coleta sem o pagamento imediato, que está sendo negociado.

A gestão da prefeita Emília Corrêa tem demonstrado transparência na condução dos problemas encontrados, mas o caminho será longo para corrigir as falhas deixadas pela administração anterior. Será necessário muito trabalho para restabelecer os serviços essenciais e equilibrar as finanças do município.

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