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Disputa entre senadores sobre Petrobras e Gás Natural coloca futuro de Sergipe em jogo

A recente discussão entre os senadores Rogério Carvalho e Laércio Oliveira trouxe à tona divergências profundas sobre o mercado de gás natural no Brasil e o papel estratégico da Petrobras, com implicações diretas para o desenvolvimento de Sergipe. Embora defendam visões opostas, há espaço para um ponto de convergência que, se explorado, pode resultar em uma política energética que beneficie tanto o setor quanto o crescimento socioeconômico do estado.

Rogério Carvalho defende uma Petrobras forte, que ele considera essencial para a segurança energética e para projetos de grande escala em Sergipe, como o Sergipe Águas Profundas (SEAP) e o Projeto Raia. Segundo ele, a proposta de Laércio, que limita a atuação da estatal a 50% do mercado, poderia comprometer esses investimentos, estimados em bilhões e com potencial para criar milhares de empregos. Para Carvalho, a presença dominante da Petrobras é crucial para garantir o desenvolvimento sustentável do estado, evitando o risco de fragilização da segurança energética.

Por outro lado, Laércio Oliveira argumenta que a abertura do mercado de gás é necessária para reduzir os preços e estimular a competitividade, acusando a Petrobras de, ao dominar o setor, atrasar projetos como o SEAP para manter os preços elevados. Ele defende que seu relatório ao Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN), elaborado em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, busca justamente promover um mercado mais acessível, alinhado ao programa federal “Gás para Empregar”. Para Laércio, o papel da Petrobras deve ser ajustado para abrir espaço a novos investimentos e fortalecer a competitividade industrial.

A polarização entre as posições, no entanto, pode estar obscurecendo um ponto-chave: Sergipe tem um enorme potencial estratégico no setor de gás que pode ser transformado em um motor de crescimento e geração de empregos. Tanto a defesa de uma Petrobras forte quanto a promoção de um mercado mais competitivo têm méritos, e a união de esforços dos senadores poderia resultar em um modelo energético que aproveite ao máximo esse potencial, combinando investimentos privados com a segurança proporcionada pela estatal.

Neste cenário complexo, Sergipe se destaca como peça importante no equilíbrio entre soberania energética e competitividade de mercado. Carvalho e Laércio, ao invés de priorizarem disputas, têm a oportunidade de colaborar para uma agenda que atraia investimentos ao estado e garanta que a transição energética traga benefícios reais à economia e à população sergipana, fortalecendo o desenvolvimento regional.

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