A importância da participação das mulheres nas esferas de poder

A candidata a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), que até o momento liderou todas as pesquisas de intenção de voto tanto no primeiro quanto no segundo turno, tem uma grande oportunidade de fazer história. Se eleita, será a primeira mulher a comandar a capital sergipana em quase 170 anos de existência, rompendo uma barreira importante na política local.

Atualmente, dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 444 são liderados por mulheres, o que representa cerca de 12% do total de gestores municipais. Esse número contrasta fortemente com o fato de que as mulheres constituem 51% da população do Brasil, evidenciando uma significativa sub-representação feminina na política. A possível eleição de Emília Corrêa em Aracaju pode se tornar um exemplo de avanço, não apenas para Sergipe, mas também para o Brasil.

A candidatura de Emília reflete um anseio crescente na sociedade por maior inclusão das mulheres em posições de poder. Movimentos sociais e ações dentro dos próprios partidos têm impulsionado essa pauta, e Aracaju, segundo pesquisas realizadas no último ano, expressa esse desejo de ver uma mulher à frente da prefeitura. Essa demanda não é apenas simbólica, mas sinaliza a busca por uma gestão mais próxima da população, capaz de entender e responder melhor aos anseios do povo aracajuano.

Embora a presença feminina nas câmaras e prefeituras ainda esteja longe de ser ideal, há um movimento gradual de fortalecimento da participação política das mulheres. O fortalecimento de ações afirmativas contidas na legislação eleitoral, junto com redes de apoio e capacitação para mulheres, tem desempenhado um papel fundamental na ampliação dessa presença. No entanto, a conscientização sobre a importância da representatividade de gênero ainda precisa avançar, e a candidatura de Emília Corrêa pode ser um marco importante para esse processo.

Se eleita, Emília terá a chance de construir uma gestão histórica, mais participativa e voltada para o diálogo com a sociedade, reafirmando o papel essencial das mulheres na política. Segundo pesquisadores da área, quando as mulheres se veem representadas nas esferas públicas, elas se sentem mais encorajadas a participar da sociedade e a lutar por seus direitos.

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