foto: flickr Candisse

A derrocada do PT em Sergipe e o alerta vermelho para a comunicação com os eleitores

A baixa votação do Partido dos Trabalhadores (PT) no primeiro turno das eleições acendeu um alerta vermelho na cúpula petista. Mesmo sendo o partido que ocupa a Presidência da República e liderado por um dos políticos mais populares do Brasil, o PT não conseguiu obter sucesso nas urnas. O resultado, que reflete uma realidade preocupante em várias regiões do país, já provocou manifestações do presidente Lula, que apontou a necessidade urgente de reformular a estratégia de comunicação com os eleitores.

Em Aracaju, a candidata do PT à prefeitura, a jornalista Candisse Carvalho, tentou capitalizar sua ligação com o presidente Lula ao se apresentar como “Candisse de Lula” em seus programas eleitorais. A estratégia, no entanto, não foi suficiente para conquistar o eleitorado aracajuano. Candisse obteve apenas 9,24% dos votos, totalizando 28.049 votos, um desempenho muito abaixo das expectativas do partido, que já teve nomes consagrados na capital sergipana, como o saudoso Marcelo Déda.

O fracasso em Aracaju é parte de um cenário mais amplo. Embora o PT tenha vencido em 168 das 1.793 prefeituras no Nordeste no primeiro turno, o desempenho nas demais regiões do país foi alarmante. No Sudeste, das 1.668 prefeituras, o PT conseguiu eleger apenas 41 prefeitos; no Sul, foram 29 vitórias entre 1.191 municípios; no Norte, apenas 7 das 450 prefeituras ficaram com o PT; e no Centro-Oeste, o partido saiu vitorioso em apenas 3 das 467 cidades.

Diante desse cenário, o Planalto já se movimenta para reagir. Segundo fontes ligadas ao governo, um seminário está marcado para dezembro deste ano, com o objetivo de debater a realidade política brasileira e discutir caminhos para melhorar a comunicação com os eleitores de diferentes regiões. Lula, que já manifestou publicamente sua insatisfação com o desempenho nas urnas, busca maneiras de reconectar o PT com as bases populares, especialmente em regiões onde o partido sofreu derrotas significativas.

Por Visão Política

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